quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Morte...




morte...

e a espada cortou o ar com a exatidão do tempo,
o ventou soprou forte, a alma voou livre.
o corpo enraizou,
como a raiz de um carvalho.
o sangue...
se perdeu na noite.

a flecha penetrou na armadura com uma profundidade mortal,
a alma gritou, se foi resignada.
o corpo caíu desfalecido,
no mundo que o recebeu.
o sangue...
borbulhou alimentando o mal que aflije o mundo.

a bala transpassou o alvo em uma trajetória perfeita,
a chuva veio, a alma se perdeu.
o corpo apodreceu,
como a maçã do pecado original.
o sangue...
envenenou a terra.

a palavra foi pronunciada com ira e ódio,
a alma se viu abandonada.
a morte veio,
em uma grande marcha triunfal.
o rio se tornou sangue,
o mar... a mortalha dos homens.

Benedito Carlos Costa

Um comentário:

Mensageiro Obscuro disse...

Gostei do seu blog com poesias de diversos autores. Obrigado por fazer esse belo trabalho em divulgar diferentes textos de vários escritores.